NIETZSCHE, SUA RECUSA A TODA NOÇÃO DE VERDADE.
Dentro deste tema fico penso nO QUE SIGNIFICA RESISTIR?
TER RESIStÊNCIA?
A VERDADE pode TER SIGNIFCADO DE MORTE se QUEM SABE A VERDADE NÃO BUSCA MAIS NADA.
QUEM NÃO BUSCA NADA VAI VIVENDO a VERDADE DE NADA SABER... SUPORTA ESTE SABER NADA(R)... um outro território desenhado e desejado.
Li
[em uma história em Quadrinhos que se chama “Viagem a Tulum” de Frederico Fellini e Milo Manara]
uma frase que me inspira a algum tempo, mais ou menos assiM:
É a curiosidade que me desperta pela manhã (Fellini)
Lembro-me de uma grande viagem que dei nascimento dentro de um semestre na formação de psicologia, em agosto de 2005: em minhas metáforas sentei na janela do semestre e me permiti olhar a paisagem através das janelas que eu pudesse alcançar. Passei a descrever em meus registros, aquilo que chamei de DIÁRIO DE BORDO.
Inspirada por um livro que se apresentou e me leu de forma incentivadora imprimi alguma forma de poesia naquilo que eu já estava chamando de “PÉSSIMA VIAGEM”: adentrei UM OUTRO TERRITÓRIO (de Renato Ortiz), ali dentro do semestre.
Este livro, que digo que me leu, é um Ensaio sobre a Mundialização (editora olhod’água) e foi escrito a partir de um programa de apoio de Mestrado em Sociologia. O autor usava termos como: VIAJANTE, VIAGEM, TRANSFORMAÇÃO ESPACIAL e acabou criando um clima de “BOA VIAGEM” às necessárias transformações que engendrei em meus estudos.
Estas partes do livro descreviam como eu sentia como viajante acadêmica:
“uma viagem se prepara [...] ela requer um conhecimento anterior ao seu itinerário [...] ele se movia, os lugares permaneciam fixos, girando em suas órbitas. Era esta descontinuidade espacial que conferia interesse e sabor a seus relatos. O viajante trazia novas informações para os que permaneciam imóveis em seus ‘paeses’ [...] A aventura é essencialmente um acontecimento extraterritorial, um deslocamento no espaço [...] se realiza no terreno distante da vida ordinária [...] experiência de um outro tipo de realidade. [...] A quebra de fronteiras não significa o seu fim, mas o desenho de novos territórios e limites. [...] As dificuldades de comunicação são concretas, como a incompreensão da língua. Porém, [...] ele dispõe de auxílio de um conjunto de experiências [...] que lhe permite passear sem maiores constrangimentos” (países, grifo nosso, de várias páginas).
Foi a partir desta viagem que vislumbrei, pela minha janela, a possibilidades de novos desenhos psíquicos: UM OUTRO TERRITÓRIO PSICOLÓGICO possível!
Estas novidades extraterritoriais inauguraram o meu encontro e a compreensão do OUTRO emocional. Fiz todos os esforços necessários e imposto ao suposto sujeito acadêmico e observador. Esforços conscientes e inconscientes, que dependeram mais da minha boa vontade e desejo de compreender e sintonizar (EMOÇÃO DE VIAJANTE) a pessoa observada! Esforços muito maiores do que qualquer outra lógica ou método. O que foi possível observar foi que devia sempre tratar e ser tratado como um outro sujeito e não uma mera observação. Não um objeto de estudo, mas um sujeito do estudo, complexo, frágil e humano, sempre demasiado HUMANO.
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