Sou Graciliana, como Graciliano: sou uma catadora de ninharias, uma detalhista de inutilidades, um ente mesquinho, numa maneira (uma poeira) muito própria de referir-me a mim mesma. Uma pobre diaba, uma parva, e meus principais personagens não diferem desta cruel imagem na qual me reconheço (a escritora).
“É ao Outro que falo quando PRETENDO dizer do outro que JÁ FUI;
é o Outro que encontro quando PRETENDO apreender nas palavras do outro AQUELE QUE EM MIM SE PERDEU. O Outro do texto opera silenciosamente sobre o definido formato das imagens que me compõem, desforma-os, informa-os, reforma-os; este diálogo opera desde as sombras, mas de forma vigorosa e eficaz. QUANDO O SUJEITO E O OUTRO SE ENCONTRAM PRODUZ-SE UM EFEITO DE VERDADE, a partir disto certas coisas se tornam dizíveis, pensáveis, transmissíveis, utilizáveis...”
“Escrevo porque não quero as palavras que encontro: por subtração”
“não é a pessoa do outro o que necessito, É O ESPAÇO...”
...“escrevo para não ficar louco”. (Barthes)
Já Eu, euzinha, escrevo justamente para poder enlouquecer...
Justamente enlouqueço e escrevo, esqueço... Enquanto isto, subo e desço...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
seja brando... tenha paciência... colabore... tente ver com bons olhos...