“Certamente alguém havia caluniado Josef K., pois UMA MANHÃ ELE FOI DETIDO sem que tivesse feito mal algum. (...) Isso nunca tinha acontecido antes. K. esperou mais um pouquinho, olhou de seu travesseiro (...),mas depois sentindo estranheza e fome ao mesmo tempo, tocou a campainha. Imediatamente bateram à porta e entrou um homem que ele nunca tinha visto antes(...)
Na verdade logo lhe ocorreu que (...) assim reconhecia, de certa maneira,
O DIREITO DE FISCALIZAÇÃO DO ESTRANHO (...)
K. mal prestou atenção nesses discursos;
não dava muita importância ao direito, que talvez ainda tivesse,
de dispor das suas coisas; para ele era muito mais relevante chegar à clareza sobre sua situação, (...)
Que tipo de pessoas eram aquelas? Do que elas falavam? A que autoridade pertenciam?
K. ainda vivia num Estado de Direito, reinava paz em toda a parte,
TODAS AS LEIS ESTAVAM EM VIGOR, QUEM OUSAVA CAIR DE ASSALTO SOBRE ELE EM SUA CASA?
Ele tendia a levar as coisas pelo LADO MAIS LEVE POSSÍVEL, A CRER NO PIOR SÓ QUANDO ESTE ACONTECIA, A NÃO TOMAR NENHUMA PROVIDÊNCIA PARA O FUTURO, MESMO QUE TUDO FOSSE AMEAÇA. Aqui porem não parecia acertado; na verdade, tudo podia ser uma brincadeira (...)
Não posso absolutamente lhe dizer que é acusado, ou melhor: não sei se o é. O SENHOR ESTÁ DETIDO, isso é certo, mais eu não sei (...) mesmo porém que eu não responda a suas perguntas, posso entretanto aconselhar o senhor a pensar menos em nós (...) e não faça tanto alarde do seu sentimento de inocência, isso perturba a impressão não exatamente má que de resto o senhor transmite.
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