"...não admira que muitos habitantes das cidades se sintam apreensivos e ameaçados quando expostos não apenas a estranhos[...] 'não domesticados' e 'sem controle'... A primeira reação emocional e refugiar-se em minifortalezas chamadas 'comunidades fechadas' e trancar as portas..."
Zigmut Bauman
As propostas não são respostas, poderíamos
responder de formas tão variadas quanto seja possível os VIVERes!
Não consigo pensar um simples “sim”
para estas duas perguntas, mas prefiro explorar as formas como insistimos em
levar nossas vidas quando as coisas tendem a não dar muito certo, ficarmos
perdidos ou enclausurados em nossas dores. Sem exercício sincero de formas
alternativas, sem expectativas de mudanças. Vamos calmamente adaptando-nos as
estagnações doentias naquilo que chamamos: Nossas Vidas. As mais terríveis
formas de avançar os dias sem nos responsabilizarmos.
20
DE JUNHO DE 2013
Depois de uma semana de
manifestações assistimos o grave DIVÓRCIO entre o falsário poder do GOVERNO e o
legítimo PODER DO POVO.
O falsário (aquele que só possui
poder emanado do legítimo) tem força e poder organizado (violento) de
comunicação. E o POVO: de onde emana o poder, que tem uma secular educação para
o respeito e para a desorganização, mas é maior, mais poderoso e legítimo,
apesar de ser muito mal administrado, orientado e organizado. Há também os
outros, os telespectadores, participantes passivos que são como as crianças que
assistem os pais se digladiarem nos espaços fechados das casas.
Quando ocorrem divórcios e brigas
violentas entre os adultos, há separação de corpos, de valores, etc. Os dois
poderes que se digladiam em amplas demonstrações de falta de diálogo usam
crianças expectadoras como “moeda de troca” e as envolvem na dinâmica
psicológica e doentia que se expande em todos e quaisquer dos outros possíveis
envolvidos.
Nem sempre conseguimos distinguir
culpados e inocentes, estas instâncias se misturam e revezam. Mas percebemos
que PAI e MÃE (POVO e GOVERNO/ESTADO dentro da outra comparação) não são os
únicos envolvidos. Todos os que assistem, vivem em ligação e responsabilidades;
sejam adultos ou crianças, vizinhos ou moradores do mesmo espaço,
representantes da lei e da ordem, funcionários que recebem ordem ou as
questionam. Todos participam de forma ativa, passiva, pacífica ou
violentamente. Seja na sala da casa, no canto, atrás da porta, na internet, no
quarto, na casa ao lado, na Delegacia, todos estão envolvidos na mesma REDE.
Vivemos as NOITES DE TENSÕES E
DIVÓRCIO NA FAMÍLIA BRASIL que indicam CRISE NAS RELAÇÕES e no AMOR que as
envolvem: nenhum dos filhos fica tranquilo. Nem os que dormem, nem os de pouca
idade para compreender onde começaram as confusões e os conflitos. Os idosos e
os mais novos que moram na casa sofrem as consequências dos gritos da falta de
limites.
O
Limite, o casamento, as relações estão rompidas. Quando este artigo for
publicado estaremos adiante nesta história, mas não será mais possível fazer de
conta que papai não bebeu e que mamãe não apanhou. As crianças deverão ser
protegidas não enganadas, nem silenciadas. E se houveram capitais mais
pacíficas, o desconforto e os confrontos anunciam o desgosto geral, ao menos no
número de participantes mais ativos e responsáveis e TODOS OS ENVOLVIDOS.
Ângela Barcelos da Silva - CRP 07/17787 - Fones: 9625 4212 - 9321 1866
Psicóloga
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